Nossa História


História da Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal

A Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal foi fundada em 08 de fevereiro de 1981. Nasceu da reivindicação e da necessidade de uma comunidade que estava em franco crescimento e tinha que se deslocar muito para levar os filhos até a escola. Assim, acompanhada pelos atentos olhares da comunidade, foi erguida a nova Escola, que receberia alunos e professores da EMMA – Escola Municipal Mestre Ataíde, que, até então, atendia as crianças de 1ª a 4ª séries.
Inauguração da EMPEV.

Juntamente com as crianças que cursavam as séries iniciais do Ensino Fundamental, vieram professoras para atuar nessas séries. Ao grupo que veio da EMMA, juntaram-se outros funcionários, vindos de outras escolas e/ou novatos na Rede Municipal de Ensino de BH, para completar o efetivo necessário ao funcionamento da nova Escola.

Fotografia da EMPEV recém inaugurada.

A nova Escola tinha como espaço físico para atender as crianças de 7 a 10 anos: 12 salas de aulas, amplas e bem arejadas; biblioteca; auditório; cantina e refeitório; pátios cobertos; secretaria; sala de professores; diretoria; banheiro para funcionários e 06 banheiros para alunos; consultório dentário e consultório médico. Tudo isso estava distribuído em uma área de aproximadamente 2.500 m². O espaço livre era de muita terra e quase nenhuma área verde.

Em seu primeiro ano de funcionamento, a partir da proposta de sua 1ª diretora, a professora Maria da Graça, a Escola participou de um concurso promovido pelo Departamento de Parques e Jardins, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação sobre o tema: “Essa escola é um jardim”. Para participar do concurso, a Escola deveria apresentar uma maquete representando o jardim que deveria ser executado. A EMPEV ficou em 1º lugar no concurso e o jardim foi construído. A Escola ganhou uma linda cerca de buganvília, recebeu muitas árvores e muitas plantas ornamentais.

Daí para frente, as conquistas foram inúmeras. Em 1982, com menos de 1 ano de existência, a EMPEV teve como 2ª diretora, a professora Emilse Paulinelli Pellegrine, que, rapidamente, promoveu a organização da primeira Associação de Pais e Mestres (APM) da EMPEV. A primeira presidente da APM foi a mãe de um aluno, a Sra. Ângela Maria do Amaral que, anos depois, ingressou à Escola, passando a fazer parte do corpo de funcionários como auxiliar de serviços. Nessa época em que a comunidade ainda era pequena e o bairro estava em processo de urbanização, foi fundado o Clube de Mães, que se reunia na Escola para fazer trabalhos manuais e ajudar no planejamento de eventos e festas escolares.

Em 1983, a Escola ganhou uma quadra descoberta e uma sala de Educação Artística, muros e uma passarela de acesso à Rua Coronel Bernardino, passando a ter dois acessos de entrada, a pedido dos pais e alunos. Nesse mesmo ano, devido ao aumento do fluxo de alunos, o auditório foi transformado em 02 salas de aula. Em 1985, realizou-se a 1ª eleição direta para Diretores, sendo eleita a professora Vanda Dettman de Araujo. Apesar da decisão da comunidade, em 1986, a SMED-BH designou outra diretora para a Escola, Eliane Bahia do Espírito Santo.

Em 1988, a EMPEV voltou ao processo de eleição direta para diretores, agora como uma Política Pública. O dinamismo das eleições diretas trouxe para a EMPEV uma conquista: a participação da comunidade escolar no processo administrativo da Instituição, promovendo a Gestão Democrática. A partir desse momento, muitas mudanças, aquisições e investimentos aconteceram. A Escola se tornou um ambiente mais humanizado e afetivo; a relação família-escola tornou-se mais valorizada.

A EMPEV é pioneira em vários empreendimentos que hoje incorporam a política de atendimento da Rede Educacional de Belo Horizonte. Além de ter sido a 1ª Escola da rede a promover, em 1985, eleição direta para Diretores, a Escola, em 1991, iniciou o atendimento de crianças de 06 anos (pré-escolar) com 04 turmas, no horário intermediário de 11:00h às 15:30h. Já em 1992, foi implantado o 1º curso de Supletivo (5ª a 8ª séries) da Rede Municipal de Ensino. No ano de 1994, a EMPEV trabalhou com o Projeto Reeducação, que foi o precursor do Programa Escola Plural.

Buscando sempre atender melhor a comunidade escolar, a EMPEV participou do 1º Orçamento Participativo da cidade (1994) e, em 1995, ganhou uma quadra coberta e 03 salas de aula.

Com a implantação da Escola Plural, que ocorreu em 1995, a EMPEV, a partir de 1996, passou a atender crianças até o final do 2º ciclo (5ª série). A partir dessa conquista, através do diálogo e da participação efetiva de professores, funcionários e pais, muitos investimentos e adequação dos espaços físicos foram realizados com o objetivo de promover um melhor atendimento.


História da professora Efigênia Vidigal.

Educadora competente, gestora escolar e autora de livros, Efigênia Vidigal nasceu em Acaiaca-MG e iniciou sua trajetória profissional ao se mudar com a família para Belo Horizonte, antes dos 20 anos de idade.

Concluiu o Curso de Magistério no Instituto de Educação de Minas Gerais, tornando-se professora, e, depois, fez o Curso de Administração Escolar na mesma instituição. Exerceu o Magistério em diversas escolas estaduais, atuou como orientadora e sempre procurou aperfeiçoar-se por meio de cursos de treinamento e capacitação. Mais tarde graduou-se em Pedagogia na então Faculdade Belo Horizonte.

Diretora concursada, especializou-se em Educação Infantil, naquela época conhecida como Educação Pré-Primária. Foi membro da Comissão que elaborou, em 1967, o Programa da Educação Pré-Primária do Estado de Minas Gerais e lecionou Didática do Pré-Primário no Colégio Santa Marcelina.

Em 1971, Efigênia fundou, juntamente com uma sócia, o Instituto Cecília Meireles, estabelecimento de ensino particular que dirigiu até seu falecimento em 1977. Após esta data, a família de Efigênia decidiu continuar sua obra e prestar-lhe justa homenagem, escolhendo seu nome para patrona da nova escola, o Instituto Efigênia Vidigal, depois Colégio Efigênia Vidigal, que prestou relevantes serviços educacionais por mais de trinta anos.

Efigênia recebeu várias homenagens durante sua vida: diplomas de Honra ao Mérito e referências elogiosas ao seu desempenho profissional. Após sua morte, a Câmara Municipal de BH prestou-lhe homenagem, dando seu nome à Escola Municipal do Bairro Palmeiras: a Escola Municipal Professora Efigênia Vidigal.